Senhora, partem tão tristes
          Senhora, partem tão tristes
          meus olhos por vós, meu bem,
          que nunca tão tristes vistes
          outros nenhuns por ninguém.
          Tão tristes, tão saudosos,
          tão doentes da partida,
          tão cansados, tão chorosos,
          da morte mais desejosos
          cem mil vezes que da vida.
          Partem tão tristes, os tristes,
          tão fora de esperar bem
          que nunca tão tristes vistes
          outros nenhuns por ninguém.
          João Roiz de Castelo-Branco, Cancioneiro Geral
Aqui esteve a voz de Adriano Correia de Oliveira,
à guitarra António Portugal
à viola Jorge Moutinho
Vêm de um céu
Vêm de um céu antigo, um céu
talvez de ficção. Vejo-as chegar,
vejo-as partir. São aves
de passagem, não lhes sei o nome.
Têm como eu pouca realidade.
Seguem a direcção do vento,
rumo a sul, chamadas
pela cal ardendo sobre o mar.
É difícil, a nostalgia;
naturalmente mais difícil quando
o tempo fere o nosso olhar
e o priva do que fora mais seu:
a nudez musical da luz primeira.
Mas de que falo eu, se não forem aves?
Eugénio de Andrade, O Sal da Língua
em dia de Camões
Se destruíste a tua vida aqui, nesta pequena esquina,
destruíste-a no mundo inteiro.
Constantino Cavafis
de amigo querido, recebi :
«Tenho-me envolvido activamente
para que o meu curso não seja encerrado,
leia e assine, se estiver de acordo:
http://www.PetitionOnline.com/classici/petition.html
e passe a conhecidos se puder.»
«Tenho-me envolvido activamente
para que o meu curso não seja encerrado,
leia e assine, se estiver de acordo:
http://www.PetitionOnline.com/classici/petition.html
e passe a conhecidos se puder.»