AMIGOS,
fotógrafo: o meu Amor
nestes dois anos, particularmente difíceis devido ao agravamento do estado de saúde de minha mãe, graças ao vosso incentivo, ao vosso carinho, tantas e tantas vezes senti - adulterando, cito Mia Couto - que
Na ensombração do [meu] quarto, o mundo [da dor, do sofrimento] sumia enquanto [um email, um comentário] entravam em ovulação.
[A minha palavra] não sabe pintar a alma, dá apenas retalhos dela – por isso, em pública e silenciosa despedida, (como muitos intuíram, e disso me deram conta por email, - ui! como estes queridos virtuais amigos aprenderam a conhecer-me bem!) era minha intenção ser «Súplica Final» o último post de Texere . É este.
Aguardo a mercê dos deuses para, em momento de maior ânimo, me dirigir a cada um, individualmente. Até lá permitam-me a repetição de um texto do meu particular aprazimento, vos ofereça duas fotografias que, não sendo excelentes, me significam muito e, «para memória futura» :=), mais uma foto que, devido a peripécias várias, simboliza o mais belo momento das minhas férias.
Texere, comovido com a atenção, deixa três beijos – salgadíssimos (inevitáveis, as lágrimas! piegas é, também!) - para
- a Wind
- a Cecília
- o Carlos Peres Feio ( logo três referências?! nos três blogues?! Exageradão!)
e um xiiiii-coração para a M.
"por causa da cor do trigo..."
Dizia Teixeira de Pascoaes em carta a Raul Brandão: "A amizade verdadeira é o maior argumento a favor da existência de Deus". E talvez seja assim mesmo.
É no riso dos amigos que vivemos a infância. O riso dos segredos cúmplices, das pequenas infracções que ninguém descobriu, da curiosidade partilhada em alvoroço, do sopro sereno do vento nos cabelos.
É nos olhos dos amigos que recordamos a infância. Corridos os anos, a esperança já um pouco gasta, esmorecida a alegria, é nos olhos deles que encontramos por momentos a luz das manhãs de outrora, o entendimento que nasce sem palavras, a emoção do riso solto sem a censura das conveniências ou da idade, a magia das tardes em que se adivinhava a Primavera. É nos olhos dos amigos que, por segundos, repousamos na sensação de que nos afastáramos pouco antes quando na verdade os não víamos há meses, há anos, esgaçados entre o trabalho e o desencanto, o trânsito e o cansaço, a vida adiada e a morte pressentida.
É no rosto dos amigos que lemos o nosso envelhecer. As rugas, os cabelos brancos, o brilho embaciado do olhar, o ricto cada dia menos doce que nos vinca os lábios, os gestos lentos de amargura foram crescendo connosco sem que verdadeiramente déssemos por isso. É no rosto dos nossos amigos que sentimos a que ponto o tempo nos devastou, como se de repente e pela vez primeira nos olhássemos ao espelho. E é então que nos encontramos inermes, perdidos, desencantadamente lúcidos ante a vida que se esgotou sem que quase nunca saibamos porquê nem para quê. Mas também é no rosto envelhecido dos amigos que descobrimos a centelha de ternura que guardámos ainda quando os dias, de loucas aventuras sonhadas nas tardes chuvosas, se transformaram na própria chuva, miudinha e cinzenta, desinteressante e fria de renúncias.
Sentimento controverso, a amizade. Porque os amigos nos enchem a vida com a sua presença, mas também nos fazem provar o gosto acre da tristeza ou da saudade quando deles nos separamos, e nos deixam um insuportável vazio quando os perdemos. Dizia Séneca, numa Epistula a Lucílio em que procurava bálsamos para a ferida aberta da lembrança dos amigos desaparecidos:
Procedamos (...) de modo a que a recordação dos desaparecidos seja para nós um momento de doçura. Ninguém rememora voluntariamente uma coisa em que se não pode pensar sem aflição. [...]
[...] Gozemos intensamente a companhia dos nossos amigos, até porque quantas vezes os deixámos para partir em longas viagens, quantas vezes estivemos sem os ver embora morando na mesma terra [...]
Termino com um texto que todos conhecem mas que, julgo, lembra como nenhum que a amizade é memória e futuro, lágrimas e riso, serenidade e sobressalto, presença e saudade. É um texto d'O Principezinho, de A. de Saint-Exupéry. Diz o principezinho:
- Ando à procura de amigos. O que é que «estar preso» quer dizer?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. – Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
- Laços?
- Sim, laços – disse a raposa. – Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo…
[...] se tu me prenderes a ti, a minha vida fica cheia de Sol. Fico a conhecer uns passos diferentes de todos os outros passos. Os outros passos fazem-me fugir para debaixo da terra. Os teus hão-de chamar-me para fora da toca, como uma música. E depois, olha! Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? Eu não como pão e, por isso, o trigo não me serve para nada. Os campos de trigo não me fazem lembrar nada. E é uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então, quando eu estiver presa a ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti. E hei-de gostar do barulho do vento a bater no trigo…
[…]
Foi assim que o principezinho prendeu a si a raposa. E quando chegou a hora da despedida:
- Ai! – exclamou a raposa – Ai que me vou pôr a chorar…
- A culpa é tua – disse o principezinho. – Eu bem não queria que te acontecesse mal nenhum, mas tu quiseste que eu te prendesse a mim…
- Pois quis – disse a raposa.
- Mas agora vais-te pôr a chorar! – disse o principezinho.
- Pois vou – disse a raposa.
- Então não ganhaste nada com isso!
- Ai isso é que ganhei! – disse a raposa. – Por causa da cor do trigo…
Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel, in Clássica 21
Na ensombração do [meu] quarto, o mundo [da dor, do sofrimento] sumia enquanto [um email, um comentário] entravam em ovulação.
[A minha palavra] não sabe pintar a alma, dá apenas retalhos dela – por isso, em pública e silenciosa despedida, (como muitos intuíram, e disso me deram conta por email, - ui! como estes queridos virtuais amigos aprenderam a conhecer-me bem!) era minha intenção ser «Súplica Final» o último post de Texere . É este.
Aguardo a mercê dos deuses para, em momento de maior ânimo, me dirigir a cada um, individualmente. Até lá permitam-me a repetição de um texto do meu particular aprazimento, vos ofereça duas fotografias que, não sendo excelentes, me significam muito e, «para memória futura» :=), mais uma foto que, devido a peripécias várias, simboliza o mais belo momento das minhas férias.
Texere, comovido com a atenção, deixa três beijos – salgadíssimos (inevitáveis, as lágrimas! piegas é, também!) - para
- a Wind
- a Cecília
- o Carlos Peres Feio ( logo três referências?! nos três blogues?! Exageradão!)
e um xiiiii-coração para a M.
"por causa da cor do trigo..."
Dizia Teixeira de Pascoaes em carta a Raul Brandão: "A amizade verdadeira é o maior argumento a favor da existência de Deus". E talvez seja assim mesmo.
É no riso dos amigos que vivemos a infância. O riso dos segredos cúmplices, das pequenas infracções que ninguém descobriu, da curiosidade partilhada em alvoroço, do sopro sereno do vento nos cabelos.
É nos olhos dos amigos que recordamos a infância. Corridos os anos, a esperança já um pouco gasta, esmorecida a alegria, é nos olhos deles que encontramos por momentos a luz das manhãs de outrora, o entendimento que nasce sem palavras, a emoção do riso solto sem a censura das conveniências ou da idade, a magia das tardes em que se adivinhava a Primavera. É nos olhos dos amigos que, por segundos, repousamos na sensação de que nos afastáramos pouco antes quando na verdade os não víamos há meses, há anos, esgaçados entre o trabalho e o desencanto, o trânsito e o cansaço, a vida adiada e a morte pressentida.
É no rosto dos amigos que lemos o nosso envelhecer. As rugas, os cabelos brancos, o brilho embaciado do olhar, o ricto cada dia menos doce que nos vinca os lábios, os gestos lentos de amargura foram crescendo connosco sem que verdadeiramente déssemos por isso. É no rosto dos nossos amigos que sentimos a que ponto o tempo nos devastou, como se de repente e pela vez primeira nos olhássemos ao espelho. E é então que nos encontramos inermes, perdidos, desencantadamente lúcidos ante a vida que se esgotou sem que quase nunca saibamos porquê nem para quê. Mas também é no rosto envelhecido dos amigos que descobrimos a centelha de ternura que guardámos ainda quando os dias, de loucas aventuras sonhadas nas tardes chuvosas, se transformaram na própria chuva, miudinha e cinzenta, desinteressante e fria de renúncias.
Sentimento controverso, a amizade. Porque os amigos nos enchem a vida com a sua presença, mas também nos fazem provar o gosto acre da tristeza ou da saudade quando deles nos separamos, e nos deixam um insuportável vazio quando os perdemos. Dizia Séneca, numa Epistula a Lucílio em que procurava bálsamos para a ferida aberta da lembrança dos amigos desaparecidos:
Procedamos (...) de modo a que a recordação dos desaparecidos seja para nós um momento de doçura. Ninguém rememora voluntariamente uma coisa em que se não pode pensar sem aflição. [...]
[...] Gozemos intensamente a companhia dos nossos amigos, até porque quantas vezes os deixámos para partir em longas viagens, quantas vezes estivemos sem os ver embora morando na mesma terra [...]
Termino com um texto que todos conhecem mas que, julgo, lembra como nenhum que a amizade é memória e futuro, lágrimas e riso, serenidade e sobressalto, presença e saudade. É um texto d'O Principezinho, de A. de Saint-Exupéry. Diz o principezinho:
- Ando à procura de amigos. O que é que «estar preso» quer dizer?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. – Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
- Laços?
- Sim, laços – disse a raposa. – Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo…
[...] se tu me prenderes a ti, a minha vida fica cheia de Sol. Fico a conhecer uns passos diferentes de todos os outros passos. Os outros passos fazem-me fugir para debaixo da terra. Os teus hão-de chamar-me para fora da toca, como uma música. E depois, olha! Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? Eu não como pão e, por isso, o trigo não me serve para nada. Os campos de trigo não me fazem lembrar nada. E é uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então, quando eu estiver presa a ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti. E hei-de gostar do barulho do vento a bater no trigo…
[…]
Foi assim que o principezinho prendeu a si a raposa. E quando chegou a hora da despedida:
- Ai! – exclamou a raposa – Ai que me vou pôr a chorar…
- A culpa é tua – disse o principezinho. – Eu bem não queria que te acontecesse mal nenhum, mas tu quiseste que eu te prendesse a mim…
- Pois quis – disse a raposa.
- Mas agora vais-te pôr a chorar! – disse o principezinho.
- Pois vou – disse a raposa.
- Então não ganhaste nada com isso!
- Ai isso é que ganhei! – disse a raposa. – Por causa da cor do trigo…
Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel, in Clássica 21
Para todos, todinhos mesmo, o meu fraterno abraço.
64 Comments:
Oh!!!
Um beijo.
menina: o momento só é agridoce por também ser de despedida! doce é o texto, o teu carinho para com os amigos, as fotos-simbolo - na Natureza que contemplas sentimos o amor brotando, no suave acasalamento de barcos, a força da tua união com alguém...no instantâneo de férias, o divertimento de fotógrafo e da modelo...nada mais a dizer...até sempre! bj c.
Tu és a artista poeta da fotografia, a amiga, a pessoa sensível que eu sei que está "ali", mesmo que haja um dia em que não troquemos 1 mail, colocaste aqui umas fotos fantásticas tiradas pelo TEU amor:)
E só por isso estou muito feliz, acredita:))))
Quanto à despedida, isto é só um blog:)
Beijos*****
E fugiste... Que importa? Se deixaste
A lembrança violeta que animaste,
Onde a minha saudade a Cor se trava?...
Mário de Sá-Carneiro
Outro para ti com um muito obrigada.
Olá. Adorei as tuas fotos.
Eu tenho livro Principezinho e adorei imenso. Ainda lembro muito bem a história do principezinho.
Muitos beijos
sentir-me-ei triste ao abrir este teu belíssimo espaço, duma estética e tranquilidade pouco usuais, e não ter afagos novos.
voa nos teus céus, como um pássaro livre...
Bjo
Vou sentir falta, mas sei que vc estará bem.
Um beijo grande. Grande.
bom ver-te- ler-te- sentir-te-
sempre.
Tu sabes.
(embora eu fale pouco...:)))
abraço.profundo.
Agora que voltamos, tu vais. Se tem que ser, que há a dizer? Só um obrigada porn tudo o que aqui deixas para nós.
Um beijo grande
Não posso crer que te vás...
gostava tanto de te visitar diariamente...Aguardo-te no meu barco, então.Mas pensa bem e regressa logo.
Uma vez mais…
Já estou habituado, a minha vida toda ela foi feita de chegadas e despedidas…
Espero a próxima chegada, no temor da futura partida.
Até lá, um beijo…
PS
Apenas para te provocar:
- Vais na mala do carro!?...
Com amigos desses, bem podes telefonar que eu dou-te boleia.
Te levo no coração...Abençoada sejas.
Olá, Texere.
Das chegadas e partidas, o Ventor encarrega-me sempre! Foi através do meu cantinho que apareceste e através dele que te dizemos: «olá».
No mundo tudo tem princípio e fim. Todos procuramos, até nós os gatos, que o princípio seja belo e o fim auspicioso. Mas o Mundo é complicado e temos de viver na sua complicação. O Ventor diz-me sempre que um dia entramos e outro dia saímos, seja de onde for. Se partires, vamos ter saudades tuas, ms talvez voltes! Este bicho vai-nos roendo o corpo e a alma, lentamente, muito lentamente!
Vou deixar-te aqui um abraço, no mínimo, do tamanho do teu. Bjs.
:)
tenho q te dizer q adorei a foto! respira liberdade!
Oxigénio puro!
quanto ao texto... um bj no coração pela dor q sentes ou sentiste... e mais q isto, bem já sabes, adoro o Mia, como Moçambicana tenho q te dizer é um orgulho nacional!
de resto "tamo" juntas!
:)
bj e bom fim de semana...
Eli
Tenho MUITA pena de perder o seu convívio internautico...as suas belas fotos ... os seus textos ...a sua sensibilidade, mas sei que estou a ser egoísta o que é muito feio!!!
Como despedida um até sempre e uns versinhos "mancos":
Terminar
Para começar
O prazer penoso
De descobrir
Novas clareiras
Para viver
A vontade feliz
De recomeçar
Porque não há caminhos
Há apenas o caminhar...
Até breve...
QUIM
o meu PC adoptou uma data do século XXII ! em resultado esteve KO ! reparado e em testes, vim ver se continuavas na bagageira! bj c.
Deixo um beijo de saudade...
É isto a vida; uma corrente de encontros e despedidas. Não gosto de dizer adeus...
Tenho pena, muita, pois passava SEMPRE mas só há pouco tempo começámos a comunicar. E sabe como gostei de a encontrar por aqui. Foi mais uma voz a colorir a minha solidão e tristeza.Espero que seja como a primavera...e volte, mesmo que seja para outro ninho. Pode sempre passear pelo pomar, jardim e horta do meu Matebarco; gozar aí horas serenas e esquecidas.Terei tanto gosto!
Pelo mistério da engraçada foto, calculo que parta com esperança. Assim o desejo!
beijos,
fsm
Como não tenho palavras, fico-me pelo inté... e um obrigada por tudo o que aprendi aqui.
Um grande beijão.
Não acredito que te vás...agora que senti ânimo para percorrer as "casas" de quem gosto, tenho esta notícia?
Eu a pensar-te em férias descontraída e, aqui vinha saber de ti...
Espero que a ausência seja breve...porque, acredites ou não, farás muita falta!
Um abraço carinhoso e até breve ;)
Deixo um beijo já saudoso. Porque se está a ir tanta gente embora? Fico triste, porque cada vez mais vejo as pessoas de quem mais gostava de visitar, mesmo que por vezes, o meu pc não me deixasse comentar (ele tem destas manhas) mas vinha senpre ler-te, e agora percebo que não vim tantas vezes como gostaria.
Um abraço carinhoso e volta breve, p. f.
Há recomeços. Haverá!
Até sempre, Eli. Não estamos longe.
Um beijo
Querida Maria :))
Muchas mañanas me faltara algo: poder visitar Texere y leer alguna de las bellísimas poesías que dejabas allí para que pudiéramos disfrutarlas y compartirlas contigo.
Gracias por los buenos momentos que me has regalado a través de tu blog.
Te deseo lo mejor del mundo y que seas feliz.
Tendrás siempre un amigo que te recibirá encantado si algún día vinieras.
Un abrazo muy fuerte. G.
Queria deixar a saudade... queria que ela te falasse de nós... beijo, amiga e tudo de bom para ti...
Sendo assiduo mas pouco dado a deixar comentários, quero dizer-te Maria, que irei sentir essa flata deste espaço onde a sensiblididade e a criatividade - ela tb está nas nossas escolhas - imperam. Quero acreditar que não é um adeus, mas um até sempre.
Beijos muito ternos para uma grande amiga.
Querida, ando meio distante da rede e vejo que você está se despedindo. Que pena! Não demore a voltar, sim? E que o aniversário tenha trazido uma fase de paz. Um beijo de muito carinho.
A net é tã pequenina, nós somos tão pequeninos...
Conheci o teu espaço quando procurava o poema "convida-me só para jantar". Ontem assisti a um espectáculo em que esse poema foi dito. Trata-se do grupo Andante (http://www.andante.com.pt). pelo que vi do teu blog vais gostar de os conhecer.
Depois vi as tuas fotos, que imaginei serem do norte e descobri que um dos teus visitantes, TsiWari, também é meu conhecido, não pessoalmente, mas destas andanças.
Adorei o teu blog. Vou voltar.
Abraço
saudadae de vc, amiga. tanta...
beijo de domingo.
um mês é passado!
Bj. JP-
Agora que voltei :((((
Mas todos esperamos que voltes.
Beijinhos com muito carinho
longa ausência! tudo bem? saudades...
Olá amiga, não é despedida, tenho-te visto ao longe, no meio de meninos, de professores, és sempre presença quente. De resto, vou-te visitando nos blogs dos teus alunos. Vou ver se arranjo tempo para fazer outro tanto. Vou ver se entre prazeres, reuniões e obrigações, arranjo tempo para fazer outro tanto.
Deixo um agradecimento pela ajuda que me foste quando ainda tacteava por aqui. Obrigada!
Bjis, até por aí...
Era giro se fosse aqui a je a encerrar estes comentários.
Porque o Texere foi um blog de poesia ilustrada ( e que ilustrações lhe fizeste!!!) e porque sei que gostas muito deste poema, com ele termino a minha colaboração. Um grande beijo.
Ítaca
Quando começares a tua viagem para Ítaca
anseia por que o caminho seja longo,
cheio de aventuras, cheio de conhecimento.
Dos Lestrígones e dos Ciclopes,
do irado Posídon não tenhas medo,
nunca encontrarás coisas dessas no teu caminho,
se o teu pensamento se mantiver elevado, se um distinto
sentimento o teu espírito e o teu corpo tocar.
Os Lestrígones e os Ciclopes,
o feroz Posídon não encontrarás,
se não os carregares na tua alma,
se a tua alma não tos apresentar.
Anseia por que o caminho seja longo.
Que sejam muitas as manhãs de Verão
que com tal satisfação, com tal alegria,
entrarás em portos pela primeira vez;
pára em mercados fenícios,
para adquirires as boas mercadorias,
madrepérolas e corais, âmbares e ébanos,
e perfumes inebriantes de todos os tipos,
a maior quantidade de perfumes inebriantes;
visita muitas cidades do Egipto,
para aprenderes e aprenderes dos sábios.
Mantém Ítaca sempre no teu pensamento.
A chegada aí é o teu propósito.
Mas não apresses de maneira nenhuma a viagem.
Melhor que dure muitos anos;
e que chegues velho à ilha,
rico com tudo o que ganhaste no caminho,
não esperando que Ítaca te dê riqueza.
Ítaca deu-te a bela viagem.
Sem ela nunca terias começado.
Mas não tem mais nada para te dar.
E se a encontrares pobre, Ítaca não te enganou.
Assim que te tornaste sábio, com tanta experiência,
terás já percebido o que as Ítacas significam.
Konstandinos Kavafis, 1910
Tradução de Carla Hilário Quevedo,tirada daqui: http://bomba-inteligente.blogspot.com/2004_12_01_bomba-inteligente_archive.html
Um fraterno abraço.
Paz.
Sou um viciado em fotografia... as tuas estão excelentes.
Parabéns.
Os textos são-no igualmente de grande qualidade.
Me felicito por haber tropezado con tu Blog y me emorgullece tenerte en mi lista.
Te saludo y te mando un beso
P. Ballester
Quero deixar aqui um grande beijinho para a ELi.
Ela que me ajudou aqui.
O texto que serve de despedida é belíssimo, e não digo isto pela autora ter sido uma das melhores professoras que tive até hoje, digo porque ele assenta que nem uma luva na sua despedida.
Beijinho
E vou voltando...sempre na esperança de te ver colocar coisas novas..sinto a tua falta, Maria.
Beijos no coração. Amigos. Fraternos. e Solidários
Se passares por aqui estou cá à tua espera....
Cara amiga, plasmas en tus fotografías la belleza que otros no ven. Privilegio de las almas sensibles, sencillas, femeninas...
Un fortísimo y navideño abrazo.
...E na noite de Natal
Antes da ceia tão esperada
Faça a pergunta fundamental:
Consegui fazer o menino sorrir
Ou deixei o ano passar igual?
Feliz Natal 2006
Sílvio Vasconcellos
afinal ainda existes!!!!
Um grande abraço. Mandei-te um mail
Fiquei feliz por teres aparecido... feliz natal e um Ano Novo cheio de amor, amizade e Paz!
Achei seu blog buscando imagens de quadros de Salvador Dali, por acaso. Mas acabou sendo espaço privilegiado para minha revisão total.
Adorei o conteúdo e o que ele nos proporciona, além das imagens soberbamente entrosadas aos textos, como
leitura.
Por que não continuar?
Abraços
Mário José
O REGRESSO
Os amigos insistiram no regresso do “BEJA”.
O desejo íntimo também era grande…
Porque não dar vida de novo a este projecto?
Além das notícias do Alentejo voltamos a ter outros
temas interessantes e sempre a lembrança dos
bons Poetas Alentejanos e não só.
Assim decidimos voltar e esperar o bom acolhimento
de sempre dos Amigos que aqui encontrei e dos
novos que porventura nos visitem.
Abraços amigos
II ENCONTRO DE BLOGS EM ALVITO
AOS 21 DE ABRIL DE 2007
ESTAMOS ELABORANDO O PROGRAMA:
-COMUNICAÇÕES S/ BLOGS
-MOMENTOS DE POESIA
-CANTARES ALENTEJANOS
-VISITA AO PATRIMÓNIO CONCELHIO
MARQUE JÁ NA SUA AGENDA!
MAIS NOTÍCIAS MUITO EM BREVE.
existem pessoas
que me regalam
os olhos
outras
me arregalam
os poros
entre umas
e outras
sou beija-flor
madurando
sementes
Vc, amiga, é uma pessoa que me regala os olhos, ainda que nunca nos tenhamos visto! Quisera estar perto... e juntas madurarmos sementes!
Beijos, muitos. E saudade tb!
Desejos de uma Santa Páscoa com muita saúde ....
Felices fiestas de Páscua, Eli.
Un beso.
P.B.
*** muy buenas fotos :)
Faz tempo, buscando imagens encontrei seu sítio ao acaso. Quero-lhe dizer que pela beleza de imagens e qualidade de textos aqui volto freqüente.
Por que não reconsiderar o recomeço?
Maiza Newton
vez em quando venho aqui me reencantar e matar as saudades. será que dia desses voltará, queridamiga?
um beijo grande desse outono chuvoso, do lado de cá do nosso mesmo e tanto mar.
Muito fixes, as fotos.
muito fixes, as fotos
muito fixes, os textos!
quando voltas?
P: )
Na dor as palavras parecem todas tão pequeninas perto do sentir. Que a força te continue a fazer companhia nesta jornada, que esta acabe logo e te devolva os sorrisos tranquilos de outras lutas.
Uma mãe está para nós como a nossa identidade. Não tenho mãe desde os 11 anos e até hoje sei que há um espaço, qua às vezes acho grande demais para estar vazio, que ninguém vai conseguir preencher. Chamava-se Margarida e tinha um sorriso do tamanho do mundo que o tempo não consegue me fazer esquecer. Mas há tanta coisa que eu luto para não esquecer!
Que a tua mãe fique sempre contigo.
Jinhos e um abraço do tamanho do mundo.
Não preciso saber das moradas para partilhar contigo a força de amanhã.
Caramba, Eli, que blog. Volte, por favor!
Beijos.
não está demorando muito, não?
volte logo, moça!
sua poesia nos faz falta!
Mário Capello
Pedindo antecipadas desculpas pela “invasão” e alguma usurpação de espaço, gostaríamos de deixar o convite para uma visita a este Espaço que irá agitar as águas da Passividade Portuguesa...
Vim desejar feliz aniversário, mesmo com três dias de atraso.
Manoel Carlos
Não sei como chamar-te. Por acaso visitei teu blog em busca do pintor do céu de Chagall e, perplexa,descoberi poemas e poetas nunca vistos nemouvidos. eu que não sou chegada a essas intimidades virtuais, li e reli, vi e me deleitei com as imagens do teu bolg. Infelizmente vi que as últimas inserções foram em 2005. Sou poeta, brasileira e tocaste-me a alma, de alguma forma. Por que paraste com tal exposição do belo? Miriam
daqui onde faz verão o calor de meu beijo natalício, amiga
boas festas aí-que haja neve! rsrsrsrsrs
MC-
Qué diferentes las poesías y las plegarias, el amor y la amistad, la rosa y el zorro (o raposo).
Uno de los pasajes que más me gustan de Le petit prince:
"-No -díjo el principito-. Busco amigos. ¿Qué significa "domesticar"? -volvió a preguntar el principito.
-Es una cosa ya olvidada -dijo el zorro-, significa "crear lazos... "
-¿Crear lazos?
-Efectivamente, verás -dijo el zorro-. Tú no eres para mí todavía más que un muchachito igual a otros cien mil muchachitos. Y no te necesito. Tampoco tú tienes necesidad de mí. No soy para ti más que un zorro entre otros cien mil zorros semejantes. Pero si me domesticas, entonces tendremos necesidad el uno del otro. Tú serás para mí único en el mundo, yo seré para ti único en el mundo...
-Comienzo a comprender -dijo el principito-. Hay una flor... creo que ella me ha domesticado...
-Es posible -concedió el zorro-, en la Tierra se ven todo tipo de cosas.
-¡Oh, no es en la Tierra! -exclamó el principito."
Esta tarde voy a releer el opúsculo de Proust *Sûr l'amitie y voy a telefonear a mi amiga Maite, que lo es desde que teníamos 3 años. En clase de parvulitos le/me pinchaba con un lápiz cuando menos lo esperaba. Daba un bote sobre el pupitre y encima la profesora la/me castigaba y yo/ella ponía cara de póker.
Para mí lo mejor de la amistad es esa especie de puerta giratoria que he trazado entre los pronombres de la anécdota. La amistad es la ocasión de tratarse de igual a igual pero sin ser exactamente lo mismo y sin pincharse o ponerse en evidencia (claro). El ejemplo ha sido atroz pero ya verás que no se te olvida.
Espero que este no sea el último comentario, aunque sé que habrá un último comentario. O no.
El opúsculo de Proust era *Sur la lecture, pero lo tengo al lado de la epístola sobre la amistad de Cicerón y me hice un lío. Ahora todo encaja.
volta que nao volta aqui venho em busca de ti que nao voltas
saudades, menina azul!
JP_
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