Quando, Lídia, vier o nosso Outono



Autumn Landscape with four Trees
Vincent Van Gogh



        Quando, Lídia, vier o nosso Outono
        Com o Inverno que há nele, reservemos
        Um pensamento, não para a futura
                  Primavera, que é de outrem,
        Nem para o estio, de quem somos mortos,
        Senão para o que fica do que passa –
        O amarelo actual que as folhas vivem
                  E as torna diferentes.


        Ricardo Reis



-Houve o poema dito-
  in Ao Longe os Barcos de Flores
  Poesia Portuguesa do Século XX



13 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Preciosa esta série, amiga querida.
E agora, de compuatdor novo, posso aproveitar o T em sua plenitude.

Muitos beijos daqui.

12:11 da manhã  
Blogger wind said...

Tão lindo:) Poema, declamação, pintura;) Sempre tudo tão bem conjugado! beijos*****

12:13 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

O amarelo que de uma maneira tão bela nos acompanha...

9:38 da manhã  
Blogger Unknown said...

Um destes dias ainda me pões a estudar os clássicos...
Beijo.

2:52 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Puxa!
Mais um presente!
Estou de volta e vejo estes belos posts em blogs e o teu, puxa! Fernando Pessoas, (Ricardo Reis) com um belíssimo poema destes, mas isso não foi o que me deixou em êxtase: foi o fato de poder ouvir o poema enquanto eu me deliciava na imagem de Van Gogh... Ah! QUE PRESENTE! Muito obrigado... saio daqui inspirado.. não, vou ficar mais um pouco e ouvir novamente o poema... beijo saudoso.

4:48 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

como um tríptico - de rara excelência!

Obrigado.A.C.S.

5:31 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

em todo outono há uma primavera a espreitar. e ela estará sempre além do inverno!
por que será que escrevi isso? rs... a tela de van gogh... uma das mais bonitas!
beijo amiga. ótimo fimd e semana.

8:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Adoooro este poema de Ricardo Reis!
Sorri... senta.te aqui...ah!este poema dito de alma é uma coisa do outro mundo,não ligues,este é daqueles que leio à beira mar...
Beijo doce
lua

10:50 da tarde  
Blogger Unknown said...

Já foi tudo dito :) fantástico post! bjs

11:45 da tarde  
Blogger Memória transparente said...

Mais uma vez o bom gosto também em toda esta conjugação.
Beijinhos.

8:25 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Realmente, são maravilhosas as cores do Outono. Na cidade passam despercebidas, mas nos campos, e nas encostas circundantes, nada melhor que as borradelas de amarelo, de castanho, de vermelho, de verde ... nada melhor que a velhice do Outono. E como eu vejo pouco disso, ou pelo menos menos do que queria, dedico-me às minhas Flores de Inverno. Bjs.

12:24 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

É muito bom quando pões o poema dito. Os miúdos vêm a correr ouvir... a tia. :)
E a tia -Texere - é o nosso orgulho!
Jeito para aqui escrever ... ainda não o apanhámos...
Beijões, abraços, xis-corações e... chocolates de tooooodos nós.

12:33 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Lídia...

Aproveita o amarelo do Outono que passa, que te faz sab ... Não! Que te faz sentir ! ...
Projecta-te para os teus sentidos, não penses nem esperes o Inverno que virá, muito menos a Primavera que lhe é posterior ou ainda o longínquo estio...

9:45 da tarde  

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