Mon coeur est ardent, comme brûlant, mon soleil



Moussa Gueye
Moussa Gueye



Mon coeur est ardent, comme brûlant, mon soleil.
Grand aussi mon coeur, comme l'Afrique mon grand coeur.
Habitée d'un grand coeur, mais ne pouvoir aimer...
Aimer toute la terre, aimer tous ses fils.
Etre femme, mais ne pouvoir créer;
Créer, non seulement procréer.

Et femme africaine, lutter.
Encore lutter, pour s'élever plutôt.
Lutter pour effacer l'empreinte de la botte qui écrase.
Seigneur!... lutter
Contre les interdits, préjugés, leur poids.
Lutter encore, toujours, contre soi, contre tout.

Et pourtant!...
Rester Femme africaine, mais gagner l'autre.
Créer, non seulement procréer.
Assumer son destin dans le destin du monde


Ndèye Coumba Mbengue Diakhaté, Filles du Soleil


Abraço apertadinho, G. Ndecky


12 Comments:

Blogger wind said...

Lindo poema e com muita força da parte da mulher africana aqui retratada. Mais uma linda imagem. beijos*****

9:27 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Excelente ter trazido para aqui uma das reflexões pictóricas de Moussa sobre o quotidiano da mulher africana. O poema era-me desconhecido.
Mais uma vez, obrigado.
Bjos. JP-

12:01 da tarde  
Blogger hfm said...

Um belo poema interventivo mas que, em nada, perdeu a musicalidade e a força da poética. Como aqui eu aprendo e descubro tantas coisas!

2:52 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O comentário anterior expressa, de forma feliz, o meu sentir.
A. Cunha e Sá

3:24 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Está aberto o concurso POESIA PARA O MUNDO. O concurso escolherá a melhor poesia da internet. Para participar entre no blog http://depara.zip.net e veja o que fazer.
Boa sorte.

4:15 da tarde  
Blogger Unknown said...

Faço minhas as palavras de hfm.
Beijos

5:25 da tarde  
Blogger SL said...

Gostei, confesso que o francês sempre foi um pouco complicado para mim, mas certo é que tornasse maravilhoso ouvir alguém a declamar em francês...já tive o prazer de ouvir.
Jinho

8:47 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Assumer son destin dans le destin du monde
Nem mais! A mãe negra tem um destino a cumprir. Bjs.

10:18 da tarde  
Blogger None said...

".... lutter
Contre les interdits, préjugés, leur poids."

Ontem tentei comentar, mas o Blogger estava em manutenção. Sabes a minha grata surpresa por este poema e por mais esta autora que não conhecia.
Esta imensa casa onde volto sempre que leio estes poemas (comme l'Afrique mon grand coeur).
Os últimos são os primeiros, sabes isso...por causa do espanto....
Beijos mil.

10:48 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Belíssimo!

12:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

merci mon amie
tendrement doucement je t'embrasse
G N

2:50 da tarde  
Blogger greentea said...

achei lindissimo este poema e copiei-o para enviar a uma amiga, q está a sofrer muito, neste momento.
Há tempos postei um extracto de um livro s/ o sofrimento das mulheres africanas, q sempre foi um tema q me tocou muito...
Gosto muito do teu blog.

12:16 da manhã  

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