DE AMOR



Fonte Luminosa.Lisboa.12-1-2006



Considera o amor como um retoque num quadro antigo,
que subitamente o vem iluminar:
vimo-nos muitas vezes antes de seres no meu olhar
aquela luz em um país perdido
que tu quiseste em vão esconder, negar.

O quadro manteve o mesmo fulgor:
a reverberação no silêncio da perda,
o desamor.

Quem avivou o brilho das tintas, quem corrigiu o baço
sinal da morte? Falámos de uma dor
num fundo esbatido. Falámos do grito mudo do teu corpo.
Falámos de amor.


Luís Filipe Castro Mendes, Modos de Música



7 Comments:

Blogger wind said...

Poema difícil de comentar. Não sei que escrever, sinceramente. Senti ao ler uma espécie de angústia e depois um alívio. Bonita foto:)beijos*****

2:45 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Modos de Música"... Mas pesada, não?

6:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

uuuuaaauuu! gosto da fotografia!
axo o poema super dificil, dp falmos :-))))

beijinho, eli

Rubem, o sem blog :-))))))

7:06 da tarde  
Blogger SL said...

Não posso mais falar de amor, já tou a ficar demasiado estupida e não tou a gostar nada...(tou a brincar)...mas isto começa a preocupar-me. Gostei do poema.
Jinhos

9:31 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Nossa, que denso!

Um beijo, T.

9:49 da tarde  
Blogger Unknown said...

belissimo poema. dificil sim mas belo. e uma excelente escolha de foto. bjs

11:40 da tarde  
Blogger Márcia Maia said...

vimo-nos muitas vezes antes de seres no meu olhar
aquela luz em um país perdido
que tu quiseste em vão esconder, negar.


sem palavras.

beijo e beijo.

2:52 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home