DE AMOR
Considera o amor como um retoque num quadro antigo,
que subitamente o vem iluminar:
vimo-nos muitas vezes antes de seres no meu olhar
aquela luz em um país perdido
que tu quiseste em vão esconder, negar.
O quadro manteve o mesmo fulgor:
a reverberação no silêncio da perda,
o desamor.
Quem avivou o brilho das tintas, quem corrigiu o baço
sinal da morte? Falámos de uma dor
num fundo esbatido. Falámos do grito mudo do teu corpo.
Falámos de amor.
Luís Filipe Castro Mendes, Modos de Música
7 Comments:
Poema difícil de comentar. Não sei que escrever, sinceramente. Senti ao ler uma espécie de angústia e depois um alívio. Bonita foto:)beijos*****
"Modos de Música"... Mas pesada, não?
uuuuaaauuu! gosto da fotografia!
axo o poema super dificil, dp falmos :-))))
beijinho, eli
Rubem, o sem blog :-))))))
Não posso mais falar de amor, já tou a ficar demasiado estupida e não tou a gostar nada...(tou a brincar)...mas isto começa a preocupar-me. Gostei do poema.
Jinhos
Nossa, que denso!
Um beijo, T.
belissimo poema. dificil sim mas belo. e uma excelente escolha de foto. bjs
vimo-nos muitas vezes antes de seres no meu olhar
aquela luz em um país perdido
que tu quiseste em vão esconder, negar.
sem palavras.
beijo e beijo.
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