para ti, amiga



15-11-2005. Parabéns, Cilinha



[...] puisque c'est elle que j'ai arrosée.


Le Petit Prince, Antoine de Saint-Exupéry




Meu beijo de parabéns, Cilinha.



12 Comments:

Blogger agua_quente said...

Uma belíssima flor, uma lembrança delicada.
Beijos

11:08 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

oláaaa, Eli!!
Venho só para dizer que hoje é dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa (15 de Novembro - para não esqueceres!), há um encontro com mais de 1000 surdos na Escola Básica da Quinta de Marrocos, em Lisboa.

Gostei da flor. Parabéns Cilinha!=D

Beijinhos da Andreia. =)

11:29 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Bela flor! Serena e despojada, é assim que a vejo.

11:46 da manhã  
Blogger wind said...

Linda flor que ofereces à tua amiga:) Simples e muito bonita;) Já lá fui dar os parabéns. beijos*****

12:23 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Delicado!

Abraço, T.
A.Cunha e Sá

2:07 da tarde  
Blogger VdeAlmeida said...

Linda :)!
A ela já lhe dei os parabéns, a ti mando-te um beijo meu :)

4:15 da tarde  
Blogger hfm said...

e não é preciso mais nenhuma palavra.

4:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Em anos muito difíceis, particularmente este último, que, com a doença, inexorável, de mãe, vi destruído o que cri serem verdades absolutas, pilares de segurança, senti a mágoa de afastamentos vários, a dor do desamor, tu tens sido, em todos os momentos, o ombro, o apoio.
Por isso,e porque de manhã comecei com Le Petit Prince, quase em final do «teu dia» - e nem hoje consegui tempo para fazer aquele brinde ao vivo! – gostaria de ler, na tua companhia, o texto de Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel que, em tempos, coloquei num dos sul (http://sulparati.weblog.com.pt/arquivo/099948.html).

"por causa da cor do trigo..."

Dizia Teixeira de Pascoaes em carta a Raul Brandão: "A amizade verdadeira é o maior argumento a favor da existência de Deus". E talvez seja assim mesmo.
É no riso dos amigos que vivemos a infância. O riso dos segredos cúmplices, das pequenas infracções que ninguém descobriu, da curiosidade partilhada em alvoroço, do sopro sereno do vento nos cabelos.
É nos olhos dos amigos que recordamos a infância. Corridos os anos, a esperança já um pouco gasta, esmorecida a alegria, é nos olhos deles que encontramos por momentos a luz das manhãs de outrora, o entendimento que nasce sem palavras, a emoção do riso solto sem a censura das conveniências ou da idade, a magia das tardes em que se adivinhava a Primavera. É nos olhos dos amigos que, por segundos, repousamos na sensação de que nos afastáramos pouco antes quando na verdade os não víamos há meses, há anos, esgaçados entre o trabalho e o desencanto, o trânsito e o cansaço, a vida adiada e a morte pressentida.
É no rosto dos amigos que lemos o nosso envelhecer. As rugas, os cabelos brancos, o brilho embaciado do olhar, o ricto cada dia menos doce que nos vinca os lábios, os gestos lentos de amargura foram crescendo connosco sem que verdadeiramente déssemos por isso. É no rosto dos nossos amigos que sentimos a que ponto o tempo nos devastou, como se de repente e pela vez primeira nos olhássemos ao espelho. E é então que nos encontramos inermes, perdidos, desencantadamente lúcidos ante a vida que se esgotou sem que quase nunca saibamos porquê nem para quê. Mas também é no rosto envelhecido dos amigos que descobrimos a centelha de ternura que guardámos ainda quando os dias, de loucas aventuras sonhadas nas tardes chuvosas, se transformaram na própria chuva, miudinha e cinzenta, desinteressante e fria de renúncias.
Sentimento controverso, a amizade. Porque os amigos nos enchem a vida com a sua presença, mas também nos fazem provar o gosto acre da tristeza ou da saudade quando deles nos separamos, e nos deixam um insuportável vazio quando os perdemos. [...]
[...] um texto que todos conhecem mas que, julgo, lembra como nenhum que a amizade é memória e futuro, lágrimas e riso, serenidade e sobressalto, presença e saudade. É um texto d'O Principezinho, de A. de Saint-Exupéry. Diz o principezinho:
- Ando à procura de amigos. O que é que «estar preso» quer dizer?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. – Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
- Laços?
- Sim, laços – disse a raposa. – Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo…
[...] se tu me prenderes a ti, a minha vida fica cheia de Sol. Fico a conhecer uns passos diferentes de todos os outros passos. Os outros passos fazem-me fugir para debaixo da terra. Os teus hão-de chamar-me para fora da toca, como uma música. E depois, olha! Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? Eu não como pão e, por isso, o trigo não me serve para nada. Os campos de trigo não me fazem lembrar nada. E é uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então, quando eu estiver presa a ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti. E hei-de gostar do barulho do vento a bater no trigo…
[…]
Foi assim que o principezinho prendeu a si a raposa. E quando chegou a hora da despedida:
- Ai! – exclamou a raposa – Ai que me vou pôr a chorar…
- A culpa é tua – disse o principezinho. – Eu bem não queria que te acontecesse mal nenhum, mas tu quiseste que eu te prendesse a mim…
- Pois quis – disse a raposa.
- Mas agora vais-te pôr a chorar! – disse o principezinho.
- Pois vou – disse a raposa.
- Então não ganhaste nada com isso!
- Ai isso é que ganhei! – disse a raposa. – Por causa da cor do trigo…
Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel, in Clássica 21

8:41 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Um livro intemporal e que toda a gente devia ler e reler "O Principezinho" de Antoine de Saint-Exupéry. Beijinhos.

10:35 da tarde  
Blogger Unknown said...

Deixaste-me sem palavras. Estou deveras comovida ;).
Um grande abraço

12:11 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

T., este extraordinário texto perde-se escondido nos comentários. O tom mais intimista e o nítido pendor da minha amiga para a poesia, não deverá, na minha opinião, ser razão para 'esconder' esta preciosidade.
Um beijo do A.C.S.

1:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Belíssimo post.
Fabuloso texto, o do comentário de T.

Viva a amizade!

;-)))))

10:57 da tarde  

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