À TÍLIA


14 de Junho de 2005




Peregrino, senta debaixo da ramagem,
Descansa; eu prometo – sequer o sol selvagem
Aqui pode avançar. Porém os raios justos
Deverão as sombras aquietar nos arbustos.
Aqui sempre sopram brisas frescas do campo,
Rouxinóis e negras aves cantam seu canto.
Abelhas obreiras recolhem mel das flores
Perfumadas para brindar as mesas nobres.
E a todos os homens meu murmúrio sereno
Cobre facilmente de adocicado sono.
Maçãs não carrego, mas sou árvore farta
Das Hespérides no jardim, meu amo exorta.


Jan Kochanowski. Trad. Aleksandar Jovanovic
In Rosa do Mundo2001 Poemas para o Futuro