Meditação


Maio 2005




Tudo imaterial na praia rasa
Cheia de sol, ao fim da tarde,
Proa ao vento quebrada
A vaga entre rochedos, se ilumina.

É tudo imaterial, tudo neblina
Ténue que aos poucos arde,
Ao fim da tarde se desfaz, flutua,
E voo de ave deslisa
Ao longe linha pura.
Tudo imaterial na praia rasa.

Aqui ninguém me vê: amo a ternura.


Ruy Cinatti, O Livro do Nómada meu Amigo