Libertà


a Roadside Respite - In National Geographic Magazine - Portugal
Tomasz Tomaszewski



Nosostros los Gitanos tenemos una sola religión: la libertad.
En cambio de ella renunciamos a la riqueza, al poder, a la ciencia y a la gloria.
Vivimos cada día como si fuera el último.
Cuando se muere, se deja todo: una miserable carroza com un gran imperio.
Y creemos que en ése momento sea mucho mejor haber sido Gitanos que reyes.
No pensamos en la muerte. No la tememos, eso es.
Nuestro secreto es gozar cada día de las pequeñas cosas
que la vida nos ofrece y que lo demás no saben apreciar:
una mañana de sol, un baño en la vertiente,
la mirada de alguien que nos ama.
Es difícil entender estas cosas, lo sé. Gitanos se nace.
Nos gusta caminar bajo las estrellas.
Se dicen cosas estrañas sobre los Gitanos.
Se dice que leen el futuro en las estrellas
y que tienen la poción del amor.
Lo gente no cree en lo que no se sabe explicar.
Nosostros, en cambio, no tratamos de explicarnos las cosas en las que creemos.
La nuestra es una vida simple, primitiva.
Nos basta tener por techo el cielo,
fuego para calentarnos
y nuestras canciones cuando estamos tristes.


Spatzo (Vittorio Mayer Pasquale)**




Nós, ciganos, temos uma só religião: a da liberdade.
Em troca desta
renunciamos à riqueza, ao poder, à ciência e à glória.
Vivemos cada dia como se fosse o último. Quando se morre, deixa-se tudo:
um miserável carroção como um grande império.
E nós cremos que nesse momento é muito melhor ser cigano do que rei.
Nós não pensamos na morte. Não a tememos - eis tudo.
O nosso segredo está
no gozar em cada dia as pequenas coisas que a vida nos oferece e que os outros
homens não sabem apreciar:
uma manhã de sol, um banho na torrente, o contemplar alguém que se ama.
É difícil compreender estas coisas, eu sei. Nasce-se cigano.
Agrada-nos caminhar sob as estrelas.
Contam-se estranhas histórias sobre ciganos.
Diz-se que lemos nas estrelas e que possuímos o
filtro do amor.
As pessoas não acreditam nas coisas que não sabem explicar.
Nós, pelo contrário, não procuramos explicar as coisas em que acreditamos.
A nossa vida é uma vida simples, primitiva,
basta-nos por tecto um céu,
um fogo para nos aquecer
e as nossas canções quando estamos tristes.


Pasqualle Spatzo, Raiz e Utopia