Não canto porque sonho




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Não canto porque sonho.
Canto porque és real.
Canto o teu olhar maduro,
teu sorriso puro,
a tua graça animal.

Canto porque sou homem.
Se não cantasse seria
mesmo bicho sadio
embriagado na alegria
da tua vinha sem vinho.

Canto porque o amor apetece.
Porque o feno amadurece
nos teus braços deslumbrados.
Porque o meu corpo estremece
ao vê-los nus e suados


Letra: Eugénio de Andrade
Música: Fausto; A. P. Braga
In atrás dos tempos vêm tempos




Eugénio de Andrade nasceu em 19 de Janeiro de 1923,
em Póvoa de Atalaia, Fundão